quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Post n° 160 sobre... mim!

 
Uma pergunta que me deixou bem desconfortável esse ano foi:

- Você tem blog?
- Sim.
- Sobre o que você escreve?





 

Com a maior cara lavada do Universo, disse que escrevia sobre o que eu vivia e tive medo de ser julgada por isso, sim foi em uma entrevista pra uma agência que veio essa pergunta. Completei com: “Meu blog era a versão digital do diário que eu escrevia desde que me entendo por gente” e de fato é isso que acontece. Aqui tenho um espaço para derramar alguns pensamentos que não consigo compartilhar com as pessoas ou simplesmente venho aqui e me sinto um pouco mais escritora, redatora, fugindo um pouco do estereotipo de escritor que não escreve e que acho tão estranho.
Não posto tanto quanto gostaria, até porque a maioria das coisas que escrevo nunca é digitada e acabam ficando perdidas nos mil blocos de rascunho que eu tenho espalhados pelo meu quarto.
Antes de começar esse texto fui ao tio Google e pesquisei imagens de interrogações, sim escrevi ‘interrogação’ + Enter, se você colocar somente o ‘?’ não encontrará nada, não sei porque né? Mas...


 
 Para quem interessar possa:
Acho essa frase supracitada (bora usar as palavras que a gente nunca usa) sem pé nem cabeça, mas esse é o clima do momento... Vindo trabalhar hoje eu terminei de ler o livro “Grandes Publicitários” do Celso Loducca (sim @BaLasci, agora posso te emprestar, mas o leia rápido porque a lista de espera para empréstimo está maior e melhor selecionada do que para comprar ingressos daquela banda do Bono, sabe?!) e conclui que aquele método de fazer planos não funciona, não mesmo.

Quando eu estava no terceiro ano do colégio, aprendi uma técnica ninja de programar o seu futuro, você colocava num papel detalhadamente como e onde pretende estar em 20, 10, 5 anos. 1 ano, 6 meses, um mês, semana que vem e por fim, o que você fará amanhã para chegar lá?!
Eu não sei, aliás, não me recordo agora de quem ou de onde é esse método, mas achei na época algo bem interessante porque realmente planejar é algo que não temos o costume de fazer, ou por falta de tempo ou mesmo por não ter metas claras, nisso eu me vi casada, morando numa casa linda, com dois filhos lindos (casal de gêmeos), um labrador mel chamado Flanela (sim, quem conhece sabe a história), meu marido tocaria violão, seria apaixonado por mar e esportes ao ar livre, eu trabalharia naquela agência de publicidade, aos 27 teria conquistado 80% dos meus sonhos, tudo detalhado como se tivesse sonhado com o momento, acordado e escrito tudinho.

Tenho a lista até hoje, de lá pra cá se passaram quase 4 anos e com certeza 90% dos planos mudaram e naquela lista não estavam incluídos os itens:
- mudar de emprego ‘n’ vezes;
- conhecer ‘n’ pessoas;
- me apaixonar e desapaixonar ‘n’ vezes;
- ser jogadora de basquete no time da faculdade;
- realmente decidir entre biotecnologia ou publicidade :/ ;
- mudar de religião, ou melhor, desacreditar dos religiosos e buscar verdadeiramente conhecer quem é Deus;
- ler a Bíblia diariamente;
- começar a treinar e correr de verdade;
- perder o Chu;
- ter e vencer um câncer;
- ver minha família se reestruturar;
- morrer de orgulho dos meus irmãos crescendo e se tornando pessoas incríveis;
- reencontrar amigos de infância e ver que amizade existe de verdade e que não perece;
- reencontrar o amor da sua vida e ver que ele não é o amor da sua vida;
- ter certeza de que você não tem certeza nenhuma, de nada.
 
Hoje eu tive a dimensão exata de que a todo o momento a vida nos coloca diante de escolhas, não podemos viver todas as alternativas, não são as respostas que nos movem e sim as perguntas.
Um dia o QualiBest vai descobrir a minha história e montar uma pesquisa em cima de alguns fatos e obteremos material suficiente pra estudar o case Thaisy, prometo que escreverei um livro.
Quando o Luiz Lara autografou o livro ele escreveu: “Amanhã vou ler sua história”, ora se não vai, agora é questão de honra.
Alguns questionamentos:
  • Por que eu quero tanto casar?
  • Por que eu insisto em ter uma tartaruga monstrinha?
  • Por que eu sou fã de roxo e quero um carro amarelo?
  • Por que é tão difícil aceitar que não posso mais correr?
  • Por que ter tanto medo do amanhã se o maior presente que Deus nos deu foi exatamente o presente?
 
presente (pre-sen-te)
adj.
Que está no lugar de que se fala.
Que está no tempo atual.
Fig. Que permanece.
S.m. Pessoa que comparece a certo lugar, em certo momento.
Dádiva, mimo, oferenda.




presente
pre.sen.te
adj m+f (lat praesente) 1 Que existe ou sucede no momento de que se fala; atual. 2 Diz-se da pessoa ou coisa que está num dado momento diante dos olhos 3 Que assiste em pessoa: Presente ao ato. 4 Que está a ponto de se realizar; iminente. 5 Gram Diz-se do tempo que exprime ação que está sendo feita; estado ou fenômenos atuais. Antôn (acepções 1, 2 e 3): ausente. sm 1 O tempo presente; o tempo atual. 2 Gram Tempo que nos modos verbais exprime a idéia do momento em que se fala. 3 Brinde, dádiva, mimo, oferenda, oferta. sm pl As pessoas que se acham num lugar, por oposição a ausentes. P. de grego: presente que prejudica a quem o recebe (tal como o cavalo de madeira, com o bojo repleto de soldados, deixado pelos gregos às portas de Tróia, segundo a Ilíada).



 
Ter a total certeza de que não temos a menor ideia do que pode acontecer amanhã, eu mais do que ninguém aos 22 anos de carreira nesta terra, me sinto um ET, sempre tiver a sensação de que eu era diferente e ainda tenho, no colégio, conhecia todo mundo, ou melhor todo mundo sabia quem eu era, mas eu passei inúmeros recreios sozinha lendo livros incríveis na biblioteca, saí de lá com poucos amigos, a maioria vim conhecer de verdade depois que entrei na faculdade e alguns na igreja tempos depois, na faculdade não foi diferente, no primeiro ano, fiz amizades eternas, quem conhece o Double F sabe! Nos anos seguintes poucas amizades, mas incríveis, acho que por mais ‘comunicativa’ que eu seja, vou ser sempre de poucas amizades, estrago as coisas fácil, confesso.

Sou pavio curto demais pra conseguir segurar a onda quando vejo coisas erradas, se você está lendo isso aqui e por algum motivo brigamos ou não nos falamos, fique tranquilo(a) mais cedo ou mais tarde eu apareço de novo na sua vida, sem nenhuma desculpa convincente somente com a intensão de “fazer as pazes”, mas não sou uma pessoa fácil, não gosto de briga, mas não dou o braço a torcer, como diz meu professor de biologia do colégio e grande amigo: dou um boi pra não entrar numa briga e uma boiada para não sair. Mas no final eu sempre vou dar um jeito de termos uma reaproximação, não espere um pedido de desculpas com todas as letras, não sou boa nisso, mas eu me esforço então me ajude ok?! Seja uma pessoa melhor do que eu e quando eu bater a porta, seja educado(a) e pelo menos me escute. Não é fácil, eu me conheço, falo o que quero a hora que quero, mas reconheço quando estou errada e isso acontece all the time. Posso dar mil e uma mancadas, mas você sabe que se precisar vou fazer de tudo pra te ajudar. E quem me conhece sabe que isso é verdade.
O ano de 2010 está chegando aos seus últimos suspiros e eu ainda tenho um milhão e meio de dúvidas, tomei decisões há pouco que ainda me fazem perder preciosos minutos de sono, mas a vida é feita de escolhas, a minha vida é feita pelas minhas escolhas, isso é viver e se Deus quiser no final vou ler o livro que conta a história dessa minha vida e vou me apaixonar pela personagem principal, sem dúvida!



(Perdão aos donos das imagens se não coloquei nenhuma referência ou créditos, como disse fui pegando as que mais me chamavam atenção se alguém se sentir ofendido ou lesado, favor entrar em contato, ou não...) 

Um comentário:

Vamos ver se consegue descobrir rs disse...

Muito Bom o texto Thay....Não tem nada de errado em escrever sobre você, afinal o Weblog(web Diário) é pra isso mesmo, e outra, mesmo escrevendo sobre você seus post agregam muito...Vc sempre escreveu muito bem! desde a época do colégio...absss