segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Fuga em velocidade

Post riscado, porque eu não deveria ter postado, aliás não deveria ter nem escrito isso...



Acreditei, ou melhor, fiz por onde acreditar com todas as minhas forças e convicção que nunca mais te veria na vida.
Troquei meus telefones, e-mail, troquei até os caminhos que faço todos os dias para ter a certeza que jamais encontraria você em algum deles.
Todos os esforços foram aplicados a fim de que se cumprisse o plano de eliminá-lo completamente da minha vida, para quem sabe assim, sem pistas e sem lembranças pudesse também eliminar você do meu passado, fingindo que nunca te conheci.
Não pense que é pessoal porque eu não sou sua amiga, ou sua parenta, então, não, não é pessoal, apenas quero ter certeza que não me importo com uma pessoa que simplesmente nunca se importou comigo.
Se eu soubesse que todos os meus esforços seriam em vão e pior que o plano magnífico iria por água abaixo em um domingo de chuva eu teria poupado minhas forças.
Não contente em aprontar várias, o destino reservou dia e hora no calendário do Universo para que o nosso encontro fosse assim, como o nosso desencontro final, sem porque, nem pra que e com gosto de conflito, confusão... Ainda não defini o sentimento exato.
Eu acordo, olho o tempo lá fora e a chuva me faz ganhar - fácil - mais duas horas de sono, mas tenho que levantar um dia, já que mesmo sendo domingo, tenho que cumprir minhas obrigações como cidadã e contemplar a democracia com o meu voto (sic).
Por mim eu teria levantado e saído com o pijama mesmo, colocaria um tênis e estaria bem arrumada pra ocasião e pro tempo que não convidava a nada.
Levanto no impulso, tomo banho pra não dormir no caminho e me arrumo mais ou menos, pego minhas coisas, inclusive um celular pra falar com alguém que esteja disposto a me ajudar no plano de ficar acordada enquanto chego ao lugar onde meu título indicava que deveria votar...
Chegando lá lembro que aquele lugar pertence à rota proibida, porém eu não tinha outra escolha a não ser clamar a Deus para que o mundo não fosse tão pequeno e que eu não tivesse mais motivos para me arrepender de ter saído da cama. 5 minutos de conversa no telefone e acho que te vi de longe, assim, cinza como o tempo lá fora era a cor da blusa que você estava usando, até aí eu que sou míope de tudo, poderia estar enganada.
Sigo rumo à sala indicada e pra variar tinha fila (Brasil é uma desgraça nesse sentido)... Acredito que a sua figura se chegou tão próximo que imaginei ter sentido o seu perfume (15 pessoas envolvidas na cena e ainda tenho a coragem de escrever isso, adoro ser redatora, assim transformo tudo em cena de filme e “uso e abuso” das licenças poéticas... rs.).
Não sei o que houve, mas enquanto eu descrevia a cena para o ser que me ouvia do outro lado da linha, você sumiu...
O mocinho me chamou, votei e quando sai nem sinal de você. Olhei ainda nas salas seguintes, mas nadica de nada. Então como que por impulso, puro instinto de sobrevivência, sai literalmente correndo e sem olhar pra trás.
Quem esse tal de destino pensa que é pra colocar as pessoas em saias justas assim?!
Nem reação eu consigo esboçar.
Passaram-se 24horas e ainda não sei o que faria se você viesse falar comigo.



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